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Psicósmica

16 de junho de 2012

Amor não correspondido

Geralmente quem ama deseja ser correspondido. Às vezes, por dificuldade de reconhecer as próprias emoções, se invertem os papéis e a pessoa acredita que ama o outro por ter sido colocada na posição de amado(a). Ser o amado ou a amada de alguém pode provocar a falsa sensação de que se ama o outro. O amor é um sentimento que possui muitas nunces e que nos leva a estados íntimos diversos.

Enquanto estamos em processo de desenvolvimento espiritual, vivenciamos as várias formas de amor, a fim de aprendermos o verdadeiro amor, o universal.

Pensamos que a Vida se resume em encontrar o amor de nossas vidas, como se existissem metades eternas. Existem enquanto dure a atração entre elas.

O grande amor eterno que deve fundamentar e servir de sustentação para a vida é aquele decorrente da percepção de Deus em si próprio. É natural a busca de alguém para compartilhar a existêcia; relacionar-se faz parte da essência humana. A dificuldade em realizar um amor não correspondido e os desequilíbrios correspondentes exigem uma reflexão cautelosa sobre o direcionamento que está sendo dado ao sentimento. Essa forma de amor pode encobrir outras motivações mais profundas: medo de relacionar-se com alguém possível, necessidade inconsciente de permanecer num papel de vítima diante da vida, preferência por viver em seu próprio mundo fantasioso, porém seguro, onde é permitido projetar os desejos livremente, falta de iniciativa diante de possíveis obstáculos, etc.

Penetrar com imparcialidade nos domínios deste amor pode esclarecer sua dinâmica psíquica e a que carência anterior ele atende.

O amor não correspondido é a energia que e desprende sem objetividade, e que é sugada desnecessariamente. Mesmo que aquele amor platônico venha a nutrir a vida de alguém, a energia que ele exige poderia ser utilizada a serviço da própria vida da pessoa.

Muitas vezes o receio da rejeição impede-nos de declarar nosso amor, principalmente, face à cultura, quando é a mulher que o nutre. Quer como objeto ou sujeito do amor não correspondido, o melhor a fazer é dirigir sua energia para amar àqueles que não o têm, isto é, redirecionando-o para quem sequer pode pedi-lo. Ninguém deve acreditar que temos a obrigação de amor um outro só por causa de seu desejo.

O amor é um sentimento espontâneo e ninguém deve obrigar-se a senti-lo por alguém, mas a respeitar quando surja no outro. Caso sintamos forte atração por alguém que não nos pode corresponder ou não sabe de nosso sentimento, devemos procurar dirigir essa energia para o próprio Self. Às vezes, a renúncia a esse amor pode evitar problemas que se prolongariam por várias encarnações.

Parte 1/5 do vídeo "Amar se aprende amando", de Alberto Almeida:


Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia

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