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Psicósmica

3 de julho de 2012

Alcoolismo

É um estado patológico que retira o dinvíduo do contato com as agruras que percebe em torno de si mesmo. O álcool é colocado com o intuito de preencher alguma falta consciente ou inconsciente que o indivíduo não consegue suprir por outros meios. É em geral uma síndrome para a qual concorrem vários fatores psicológicos, dentre eles a carência afetiva, a impotência diante da Vida, a incapacidade de aceitar seus próprios limites, etc.

Suas raízes também se encontram na relação paterna, visto que é o pai quem provê os filhos do discernimento necessário na solução de conflitos. É, em geral, ele quem prepara e impulsiona o filho para vencer as dificuldades externas. A ausência do pai na relação com os filhos pode provocar essa dificuldade em lidar com o mundo e tudo que ele representa para o espírito, com sua complexidade cada vez mais crescente.

Diante do alcoolista deve-se ter muita paciência e tolerância face ao embotamento afetivo provocado pelas doses casa vez mais altas que se permite tomar. É um doente como todos aqueles que se tornam usuários de drogas. O álcool se torna sua válvula de escape e fuga da realidade, tendo em vista sua forma de encará-la, como extremamente agressiva e implacável diante de um ego frágil e perdido. Falta-lhe alguém que lhe possa fortalecer e tornar-se momentaneamente seu referencial para que saia da confusão em que se encontra.

As pessoas que convivem com o alcoolista devem buscar ajuda nos campos espiritual, psicológico e médico, para conviverem com o doente, principalmente durante as fases agudas e crises de agressividade ou de alheamento da Vida.

A família deve recorrer à necessidade de conhecer e compreender qual o problema causador da busca pela fuga do álcool e tentar auxiliar o doente na solução daquele problema, que sozinho ele não tem conseguido resolver. Qualquer que seja o problema gerador, a afetividade para com o doente é o principal fator que propicia o início da cura, cujo processo, muitas vezes, é lento e difícil.

Às vezes, ao doente, aliam-se espíritos também alcoolistas que dificultam as tentativas de ajuda. Nesse sentido deve-se recorrer a tratamento especializado tendo em vista a gravidade do problema.

O alcoolista, nas fases de sobriedade deve se conscientizar de seu estado patológico e recorrer a ajuda especializada nos vários campos citados, pois, muito provavelmente, sozinho terá extrema dificuldade em sair do processo de dependência. Deve, também, voltar-se para dentro de si mesmo, tentando identificar qual é efetivamente seu vazio, isto é, o que está faltando em si mesmo e que está sendo suprido pelo álcool. Questionar-se a quem recorrer para se fazer entender, visto que, seu problema pode ser mais simples do que imagina e, certamente, alguém pode já ter passado por ele e possa lhe trazer alguma solução.

Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia


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