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Psicósmica

15 de julho de 2012

Doenças

São componentes de redes psíquicas que se convertem em sintomas físicos, buscando estabelecer o equilíbrio energético do sistema corpo-mente. Não são elementos isolados dos processos psicológicos, nem influências de agentes externos estranhos a nós mesmos. São fatores de mudanças psíquicas que ocorrem como determinantes que obrigam a novas formas de sentir, pensar e a novas atitudes.

Não são elementos patológicos em si, mas sinais de uma patologia psíquica em curso. Trazem respostas e indagações à própria psiquê. Merecem, a princípio reflexão para se procurar qual a mensagem que se encontra por detrás do sintoma, visto que não foi possível, por si só, o ego intuir quanto à correção de rumo a ser feita, vindo do Self.

A doença, qualquer que seja, coloca, principalmente durante a dúvida sobre seu diagnóstico, o ego num estado de receptividade e fragilidade, tornando-o suscetível à percepção e assimilação de complexos que jazem autônomos no inconsciente.

Excetuando-se aquelas cuja origem está associada à fadiga natural dos órgãos e tecidos, decorrente do ciclo natural de cada existência, elas trazem informações preciosas sobre o funcionamento da psiquê, pois se prestam às projeções da sombra e às manifestações dos complexos inconscientes.

Diante de qualquer doença, independente de buscarmos os recursos médicos ao alcance, devemos nos perguntar:

  1. Em que sentido esse sintoma quer chamar minha atenção?
  2. O que, em meu psiquismo, não está funcionando bem?
  3. Que comportamento em mim necessita ser mudado?
  4. De que estratégia devo utilizar para exteriorizar melhor minhas emoções, evitando a necessidade de manifestar fisicamente problemas psicológicos?
Perguntar-se sempre: o que ainda não aprendi que me faz passar pelo que estou enfrentando? Que sentimento preciso aprender que ainda não percebi? O que preciso aprender e transmitir para meu próximo?

Devemos também considerar que ninguém é causador de nossas doenças. Quando muito são agentes, mas não criadores delas. Nem as bactérias, nem os vírus, nem tampouco as pessoas que nos contaminam com as doenças, são seus causadores em nós. Existe uma predisposição para que a doença se instale em nós e ela é favorecida pelo nosso modo de viver, sentir e pensar.

Calma, reflexão, paciência, desejo de se curar, atitude positiva e auxílio médico, e, em certos casos, tratamento espiritual, são os componentes básicos do processo a ser enfrentado em face da doença física.

Diante da doença alheia compete-nos buscar auxiliar o outro no seu processo de cura integral: do corpo e da alma. Ajudar, através do consolo, solicitando-lhe reflexão, sempre que o momento comportar.

As doenças nascem no inconsciente, muito embora a vida consciente exerça influência capital em sua origem e manutenção. Pode-se dizer que elas, embora existam, não são o mal em si, pois é a psiquê que está doente.

Somos curadores uns dos outros, dentro dos limites de nossa competência, considerando que servimos para que o Self-Curador do outro seja projetado em nós. Nem sempre conseguimos o intento da cura, mas contribuímos para que o processo de sofrimento do outro seja aliviado.

O processo de espiritualização requer que encaremos as doenças como subproduto da descompensação psíquica do indivíduo, merecendo cuidado na análise. Sua simples cura física não implica na solução do conflito psicológico gerador.

Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia


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