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Psicósmica

5 de julho de 2012

Drogas

Por mais comum que possa parecer e mais legal que seja ou venha a ser, como o é em alguns países, o uso de substâncias alucinógenas para fins que não sejam psicoterapêuticos e por indicação médica, será sempre uma fuga e um alienante para o indivíduo.

O problema das drogas, mais afeito à adolescência e à idade adulta jovem, é um mal que se assemelha ao do álcool, que também pertence à mesma categoria dos estupefacientes.

Com dificuldade para enfrentar a realidade, o ego busca, através das drogas, um meio de ausentar-se da responsabilidade de enfrentar suas próprias dificuldades, exteriorizadas nos embates da Vida. Toda droga, lícita ou não, retira o indivíduo da obrigatoriedade de ser consciente de seus processos.

Por vezes, motivados pela imitação e pela necessidade de auto-afirmação, além do trabalho insidioso de pessoas inescrupulosas que tenam levar ao outro sua própria fuga e seu delírio, indivíduos inseguros e indecisos iniciam sua entrada pelo submundo da droga a caminho da alienação da própria realidade. É um caminho de difícil retorno devido à sensação de entrada num paraíso de prazer e de realização momentânea. Nesse caminho se encontram não só encarnados como desencarnados com desequilíbrios mentais, promovendo a proliferação de uma indústria de ilusões patológicas. Não é difícil entrar por ele, porém quando se consegue sair, nunca se é o mesmo do início, pois a dor, a sombra, os complexos e toda a gama de perturbações dos alienados, acompanham o indivíduo por muito tempo.
Diante do indivíduo viciado não é difícil perceber alguém insatisfeito consigo mesmo e com a própria Vida que leva, independente de seu bem estar material. É sempre alguém que não conseguiu realizar-se em algum campo, daí sua frustração levá-lo ao prazer passageiro, sempre à espera de uma dose mais forte.

Quando queremos auxiliar alguma pessoa que se viciou em drogas, mesmo àquelas que nos pareçam mais fracas ou socialmente aceitas, devemos adotar a compreensão e a tolerância, desde que não existam situações em que se deva tornar outras atitudes sérias.

O viciado é uma pessoa dividida, incompleta e carente em vários níveis. Requer atenção e deseja ser ouvido sem a crítica social costumeira. Para ele o diálogo é a chave, porém não pode ser no tom que normalmente a sociedade emprega. Deve ser revestido de amorosidade e compreensão. No fundo ele não quer ser discriminado e deseja ser reconhecido nas suas capacidades, isto é, impulsionado à realização pessoal. Suas habilidades devem ser reconhecidas e estimuladas para que as utiliza a serviço da própria Vida.

Muitas vezes o viciado é um adolescente com pais cujo esforço não funcionou adequadamente, isto é, não houve estímulo suficiente para que resolvesse os conflitos naturais da idade. Quando ele precisou da compreensão, encontrou dificuldades para que o diálogo ocorresse.

Quando o indivíduo deseja sair do submundo da droga é mais fácil a cura, pois a descoberta do motivo de seu uso será um grande passo para o restabelecimento da personalidade. Há que se chegar ao cerne da questão. Deve o indivíduo perguntar-se: o que pretendo compensar com esse mal que me aflige? Descoberto o objeto de compensação deve-se buscar resolvê-lo sem a necessidade da auto-agressão provocada pelas drogas.

Da mesma forma que com o álcool, junto aos usuários de drogas vamos encontrar um sem número de viciados desencarnados que se comprazem absorvendo os fluidos dos encarnados durante suas "viagens" para a "terra do nunca".

Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia

*Leia também: Dia Mundial sem Tabaco

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