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Psicósmica

6 de agosto de 2012

Autoconhecimento

O conhecer a si mesmo é um processo que sempre foi entendido como de busca da percepção da própria natureza do ser humano e do que se é em essência. Aqui abordaremos como o processo de conhecimento do campo da consciência, no que diz respeito ao ego como centro que medeia a relação do ser com o mundo. Portanto, aqui, o autoconhecimento é o da consciência do ego, isto é, do que ele é, de como costuma agir, de que referenciais se utiliza, que preferências tem, que lugar costuma ocupar e de quais aspirações sedimenta. Aplico aqui uma interpretação pessoal do conhece-te a ti mesmo, do Oráculo de Delfos, entendendo-o como o saber sobre os processos vividos pelo ego na atual existência, já que, em cada uma delas, um novo se forma.

O ego é uma estrutura psíquica formada a cada nova realidade existencial que se ocupa de atender às orientações do espírito, buscando a execução do que é necessário à relação daquele com o mundo. Nesse mister, para que haja essa relação, ele estará sempre tentando estabelecer um estado de normalidade, de equilíbrio, mesmo que instável. Mesmo que as circunstâncias não sejam favoráveis, ele manterá a normalidade externa, portanto aparente. É sua característica. Parecerá ao indivíduo que tudo está bem, porém, nem sempre percebe que está bem para o ego, na sua relação com o mundo, sem considerar as circunstâncias inconscientes que interferem no estado geral do espírito. Às vezes, preocupa-se em afastar qualquer crise, porquanto nem sempre se ocupa da solução de conflitos que não atinjam sua existência. O ego permanece atento enquanto estamos despertos. Quando dormimos, cedemos lugar ao ego onírico, que nem sempre age da mesma forma que o ego vígil.

Saber compreender e lidar com pensamentos perturbadores, sendo capaz de regular os próprios estados emocionais é proposta do autoconhecimento. Nem sempre os pensamentos conseguem plasmar psiquicamente nossas idéias, pois elas são oriundas das camadas profundas da psiquê. as idéias podem ser transformadas em pensamentos, que são conscientizados ou em atitudes automáticas, não racionalizadas. É preciso, portanto, fazer silêncio interior para melhor distinguir suas emoções, idéias e consqüentes pensamentos e atitudes.

Fazer silêncio é, por algum tempo, buscar:
  • meditar sem demorar-se num foco único;
  • procurar não falar;
  • não assistir televisão nem ir a cinema;
  • não ler nada, nem mesmo um bom livro;
  • entrar em contato com a natureza;
  • sorrir e ouvir os sons da Vida;
  • não ouvir música, nem mesmo uma boa música;
  • andar;
  • admirar e reverenciar a Vida.
Fazer isso pelo menos por duas horas ao dia durante uma semana no mínimo, como um exercício. Isso poderá nos fazer entrar em contato com a essência espiritual e despertar nossa capacidade criativa interior. Após isso, retornar à sua rotina normal de falar, ler e envolver-se com a própria vida, conservando, se possível, alguns hábitos daquela semana diferente.

Referência: Psicologia e Espiritualidade de Adenáuer Novaes, Fundação Lar Harmonia

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