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Psicósmica

22 de dezembro de 2012

Natal Íntimo


Pairam sobre a grave noite moral que se abate a humanidade, as promessas consoladoras de Jesus, enunciadas em época relativamente semelhante, quando a estroinice e a miséria se disputavam destaque, e o sofrimento, o poder usurpador de Roma, reduzia o mundo à ínfima condição de escravo.

O homem, ensoberbecido pelas conquistas que o arrojaram para o mundo exterior, estorcega-se nas constrições da angústia, padecendo os rudes efeitos da desgraça a que se entregou, olvidando Deus e a alma, enquanto entronizava o corpo e as paixões dissolventes, em pesadelos torpes.

Não obstante as reivindicações de paz que propõe, ainda espalha os focos das guerras, e, embora fomente o progresso tecnológico, arroja-se aos desgastes campeonatos do prazer, entorpecendo os sentimentos e avançando na direção dos despenhadeiros da loucura e do suicídio. São estes, os dias de opulência e de mesquinhez, de exuberância e de escassez, demonstrando que a única ética portadora de esperança é a do Evangelho. A cultura enlouquecida prossegue ultrajando a consciência humana, porque a ética permanece fundamentada no imediatismo dos interesses materiais.

Ante os paradoxos que se chocam, nos arraias da civilização, o homem vê-se impelido a examinar a vida com mais respeito e o seu próprio destino com melhor raciocínio.
Nessa busca, inevitavelmente, descobrirá que é um ser imortal, compreendendo que a proposta do momento cristão primitivo. Nessa criatura, que se candidata á renovação, nasce Jesus, silenciosamente, no seu íntimo, iniciando uma etapa nova.

Esse, qual ocorreu com aquele Natal de há dois mil anos, iluminar-lhe-á a vida e o conduzirá á plenitude, fazendo-o volver os olhos para o seu redor e experimentar a solidariedade com os que sofrem, espalhando dádivas de esperança e de misericórdia com que os  felicitará, mudando a paisagem onde se encontram, ao embalo das vozes angélicas, novamente repetindo o inesquecível refrão: Glória a Deus nas alturas; paz na Terra e boa vontade para com os homens!

Referência: Alegria de Viver, de Divaldo Pereira Franco (Joanna de Ângelis)


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